sexta-feira, 23 de junho de 2017

A metáfora da casa: uma família bem estruturada


"Com sabedoria se constrói a casa, e com discernimento se consolida. Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável."  Rei Salomão

É com sabedoria que se constrói uma casa, a qual tipifica nossa vida pessoal e familiar. Uma construção imobiliária não é barata, custa investimento financeiro, envolvimento, dedicação e trabalho.

Vamos analisar as principais etapas da construção de uma casa para entendermos essa profunda metáfora. Seja pequena ou grande, uma edificação sempre começa pelo alicerce (baldrame ou sapata). É a etapa da fundação, que exige grande atenção para que a casa não venha a desabar. Será o alicerce que manterá a casa de pé!

O alicerce é feito a partir da escavação do solo superficial para chegar ao solo mais rochoso. Quando o solo é úmido ou pantanoso, é preciso furar até encontrar o lençol freático, que é uma água subterrânea. É preciso ultrapassar esse lençol freático para chegar à rocha impermeável (pedra calcária). Dessa etapa inicial da construção de uma casa podemos tirar muitas lições para nossa vida pessoal e familiar.

É preciso ir fundo para construir uma casa. Isso significa investir na família. Temos de escavar nossa alma (pensamentos e emoções), para que o edifício seja bem construído.

Portanto, se sua vida pessoal estiver contaminada pelo que é impuro, causa guerra, ódio, incompreensão, insensibilidade, partidarismo, mentira, injustiça e desamor você construirá sua família sem sabedoria e de uma maneira tortuosa.

É fundamental também passar pelo “lençol freático”... Podemos comparar à ideia de mergulhar no relacionamento familiar, aprofundar-se, deixar o “eu” para investir no “nós”. 

Prosseguindo com a metáfora da construção da casa, na rocha impermeável e inabalável é fixada a armadura da sapata, uma espécie de esqueleto de aço. A seguir, esse esqueleto é cercado com tábuas para que não se perca o alicerce de concreto que será depositado dentro dele. Por fim, nessa etapa ocorrem processos de embasamento e impermeabilização do alicerce para que nada o danifique.

O que fazer depois? Precisamos proteger nossa casa com as Tábuas do amor e da compreensão e fazer o embasamento e a impermeabilização do viver por meio da gratidão e do perdão, consigo mesmo, com Deus e com a família. Precisamos alimentar nossa alma e espírito diariamente com coisas boas se quisermos ter uma vida sábia, uma casa sólida e relacionamentos saudáveis na família!
A estruturação
Depois que o alicerce está fincado na rocha, toda construção entra na fase de levantamento das paredes por meio da colocação dos tijolos de modo nivelado, um a um unido por argamassa. A cada seis fileiras horizontais de tijolos é deixado um vão na parede para que seja posta a armadura dos pilares ou colunas, que são novos esqueletos de aço concretados. São também instaladas vergas e contravergas, que são novos reforços de aço e concreto postos abaixo e acima das janelas e portas para evitar trinca nas paredes e deformação na esquadria.
A que podemos comparar os tijolos? Eles podem ser os membros da família que, unidos pelo amor e pela compreensão. As paredes são sustentadas pela espiritualidade, sem a qual as paredes desabariam.

O telhado

Na edificação de uma casa real, depois que as paredes estão prontas, é feita a armadura de cintas, que são as vigas que sustentarão o peso da laje e do telhado. Elas também são vedadas com tábuas e depois concretadas. Por fim, é feito o telhado para proteger a casa de chuvas e variações de temperatura.
O que você acha que pode representar tudo isso? Há pelo menos dois simbolismos para o telhado: a figura materna e paterna.
Pai e mãe são imprescindíveis para a boa formação emocional e espiritual dos filhos. A mãe (mulher) tem a função de ternura e afeto na família, enquanto o pai (homem) representa a proteção. Você sabia que é o pai quem estabelece a masculinidade e feminilidade dos filhos? O menino desenvolve a masculinidade identificando-se com as roupas, a voz e o jeito de ser do pai. A menina desenvolve a feminilidade com a aprovação, o carinho e os elogios do pai. Mães que criticam e desmoralizam a figura paterna causam grandes transtornos psicológicos aos filhos quanto à sexualidade, identidade e segurança emocional.

Quem quer sustentar sua vida só com base nas paredes da casa logo será atingido pela chuva e variações de temperatura, porque não há quem resista às adversidades sem telhado!

Você e sua família formam uma casa completa, com alicerce, paredes adornadas e fortalecidas, de modo que pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável. Sua casa tem paredes, portas, janelas e telhado indestrutíveis! Não aceite que os ventos da vida, abalem sua casa.



Se quiser ler mais sobre isso, adquira o nosso livro:

- Casa: O princípio de todas as coisas


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

PAPO TEOLÓGICO 4: SEJAMOS TODOS QOHÉLET!

"Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém. Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade." Eclesiastes 1:1,2

Destacamos acima, os primeiros versículos do livro de Eclesiastes, que além de indicar o seu autor, dá nome ao mesmo: Eclesiastes. Além da versão que usamos (Almeida Corrigida e Fiel), o nome também vem traduzido como: Eclesiastes e mestre.

Todos estes nomes, são uma tradução da palavra hebraica: Qohélet. 

Apesar das divergências em torno do autor deste livro, a tradição dos judeus, os pais da igreja e os primeiros escritores eclesiásticos, eram unânimes de que o autor foi Salomão, filho de Davi e rei de Israel. Inclusive Lutero, sustentava esta teoria.


A maioria dos autores sustentam que um discípulo de Qohélet escreveu o que lemos em 12:9-10: "Qohélet, além de ser sábio, instruiu permanentemente o povo; e escutou com atenção e investigou, compôs muitos provérbios: Qohélet procurou encontrar palavras agradáveis e escrever a verdade com acerto." 


Alguns chamaram Qohélet de filósofo, mas preferimos chamá-lo de pensador, pois observava e refletia sobre muitas coisas.


Qohélet também se destacava como docente e esta atividade estava intimamente ligada as demais.
R. Kroeber, declara: "Vemos, pois, no autor, um mestre de sabedoria que, como membro da classe dominante...e favorecedor das tendências conservadoras."


Qohélet, que dúvida de tudo, sequer se preocupa em provar a existência de Deus. Deus não é problema para ele, pois "No livro de Qohélet não existe 'o problema de Deus'. É estranho ao autor o ateísmo (Gottesfrage)". 


Depois de todos esses detalhes, encerramos este PAPO, destacando que a maior tarefa de Qohélet, encontra-se no significado de seu nome. 


A tradução do hebraico Qohélet, tem como base um verbo (qhl) que significa: "colocar junto, reunir." A forma gramatical, particípio feminino, transforma o verbo na designação de uma ocupação. Assim, o Qohelet é "aquele que reúne as pessoas na presença de Deus".


Que possamos imitá-lo: reunindo as pessoas na presença de Deus!
Sejamos todos Qohélet!
Pr. Isaias de Oliveira - Méier

PAPO TEOLÓGICO 3: O DIA NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO

No Antigo Testamento o dia começava ao anoitecer, aproximadamente às 18 horas e terminava às 17h59min do dia seguinte.
 Esse período era chamado de “O tempo da espera”, revelando desta forma, a expectativa de algo novo, pois céus e terra aguardavam o nascimento de Jesus. 
Cumprindo-se as profecias, Jesus nasceu à noite, como luz nas trevas. 
“O Povo que andava em trevas viu uma grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz...Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;” Isaias 9:2 e 6.

A partir de então, no Novo Testamento, o dia começa com o nascer do sol, com a luz. Este período é chamado de “O tempo do cumprimento”, pois Cristo ressuscitou ao amanhecer.

“E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo. Entrando no túmulo, viram um jovem assentando no lado direito, vestido de branco, e ficaram surpreendidas e atemorizadas. Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto.” Marcos 16:2, 5 e 6
Em Jesus o nosso dia e a nossa história são diferentes, pois Ele veio ao mundo para trazer NOVIDADE e mudanças!

PAPO TEOLÓGICO 2: Discipulado - Eu e o outro


Um dos objetivos do discipulado é estabelecer Cristo como professor que vive em meio ao seu povo. Se não há mestre, não há discipulado.
Se eu não me apercebo e nem me relaciono com o "outro visível", não conseguirei me relacionar com o "outro invisível". 

Se eu ignoro o imanente, possivelmente ignorarei o transcendente.

Isto é discipulado, pois discipular é "outrar".

João simplificou: se você não amar o irmão a quem vê, como amará a Deus, a quem não vê?

PAPO TEOLÓGICO 1


Diante de tantos "mal entendidos" teológicos, gostaria de lembrar uma máxima da Hermenêutica Bíblica: "A Bíblia diz o que ela quer dizer."

É comum vermos distorções teológicas e doutrinárias, quando usamos a Palavra, apenas para sustentar as nossas ideias e interesses. Aliás, esta é uma característica das seitas: adicionar, subtrair..a verdade.
Confunde-se o alegórico com o literal, o Antigo com o Novo Testamento etc

Apesar de também ser teólogo, não tenho dificuldade de ouvir uma Palavra simples, pois é melhor uma Palavra simples, carregada de verdade e de graça, do que uma Palavra "espetacular" cheia de premissas falsas e de frases de efeito.

Jesus preferiu obedecer ao Pai, do que fazer o "show" que o diabo estava propondo, quando sugeriu que ele se lançasse do pináculo do templo. 

Mesmo sabendo que nos últimos dias, conforme diz a Palavra, muitos terão comichão nos ouvidos e rejeitarão a verdade, não podemos esquecer que, os que ensinam a Palavra, prestarão contas a Deus de tudo o que ensinaram.

sábado, 5 de novembro de 2016




TRECHOS DO LIVRO: DESMASCARANDO O ESPÍRITO DE JEZABEL

Dividir e conquistar
O primeiro movimento do espírito de Jezabel muitas vezes é assumir o controle por meio da remoção da autoridade profética. Se ele conseguir se estabelecer entre o povo, os pastores e os líderes proféticos, então começa a subverter a profecia. Uma das armas que emprega é desacreditar a autoridade profética por meio de argumentações, opiniões contrárias e fatos distorcidos. Ironicamente, a pessoa que opera sob o espírito de Jezabel terá revelações que parecerão espirituais, mesmo para os mais experientes.


Conquistar por meio da união
Para seduzir e depois conquistar o líder profético, o espírito de Jezabel busca conquistar sua simpatia. O indivíduo tentará se unir ao profeta na esfera espiritual, dizendo: "Sou parecido com você. Parece que sei o que você está pensando ou sentindo. Nos­sos espíritos estão interligados." No entanto, essas palavras se tornam uma armadilha que prendem a mente, à vontade e as emoções do profeta.
O espírito de Jezabel "fala" espiritualmente, mas sua força emana do poder da alma, e no final se torna mortal para o dom de sua vítima. Seu alvo é diluir a revelação, trazendo corrupção, profanação, desrespeito e desdém pela verdadeira profecia. Em alguns casos, essa aparente união pode se transformar em praticas sexuais.
O espírito de Jezabel busca ter intimidade com o poder. Pode empregar a fascinação e o charme de maneiras aparente­mente inócuas, até conquistar a amizade e a confiança — uma familiaridade ilegítima. Assim como os cristãos são unidos pelo Espírito Santo, o indivíduo com o espírito de Jezabel busca se unir à alma de outras pessoas, como se fosse uma união espiritual.

Vínculos que prendem 
Em geral, podemos descobrir como pessoas piedosas podem criar um relacionamento de ligação de alma com pessoas que têm o espírito de Jezabel. Tudo começa na esfera da alma. Homens e mulheres descobrem que uma necessidade emocional pode ser suprida por essa pessoa.

Para um líder do sexo feminino, essa ligação de alma geral­mente se manifesta como um desejo consumidor e magnético de estar perto da pessoa. Freqüentemente, as duas pessoas se tornam ótimas amigas, como se fossem "irmãs". A pessoa com o Espírito de Jezabel pode tentar assumir as atribuições da líder.Enquanto o relacionamento vai se aprofundando, a líder pode sentir que está sendo engolida ou sufocada por Jezabel.

Outro recurso é ensoberbecer o profeta. O espírito de Jezabel pode se apresentar como um amigo compreensivo — uma "alma gêmea" - que entende a dor de ser mal interpretado e rejeitado. Eles artificializam calor humano, o que seduz o profeta, tornando-o vulnerável e disposto a confidenciar problemas pessoais. Se o profeta tem uma fraqueza ou um sentimento de rejeição, pode ficar cego pelo espírito de Jezabel, o qual explora sua debilidade a fim de conseguir autoridade. A carência do líder de ser amado pode obscurecer sua capacidade de discernir o engano do qual está sendo alvo.O profeta deve confrontar as tentativas desse espírito de envaidecer e seduzir, seja esta sedução física ou emocional. Quando é desafiado, em geral esse espírito maligno finge uma humildade momentânea. No entanto, no final ele redobra sua força e se levanta como uma serpente num grande ataque verbal. Tal explosão de cólera pode ser formidável. Uma vez que reconhecem o que está acontecendo, muitos líderes não reagem e fracassam em se libertar da prisão emocional. Muitas vezes, esta prisão faz com que se sintam culpados por pensarem em romper o  relacionamento.

Alguém com o espírito de Jezabel buscará conquistar a simpatia de muitas pessoas, em especial quando é confrontado. Irá alegar que está sofrendo perseguição. Pode empregar frases de efeito para desarmar os argumentos levantados contra ele. Se o pastor reagir de forma defensiva a esse discurso, somente reforçará a alegação do espírito de Jezabel de estar sendo perseguido. Se o pastor não tiver um forte relacionamento com os membros da liderança, pode se envolver e ficar preso numa alienação ilógica e irracional.

 Quando o indivíduo com o espírito de Jezabel recebe reco­nhecimento, inicialmente ele responde com falsa humildade. Esse recurso serve para prender ainda mais as pessoas e convencê-las de sua espiritualidade. No entanto, essa mansidão enganadora dura pouco. A falsa humildade é, na verdade, uma máscara para esconder as raízes profundas do orgulho e da presunção.

Chantagem emocional
 Ao se afastar (ou ameaçar fazer isso), o espírito de Jezabel em geral busca desacreditar o pastor e afirmar que ele não é mais tão espiritual quanto costumava ser. O espírito também pode alegar que se preocupa apenas com o bem-estar da congregação.

Postura defensiva
Quando confrontado com as questões citadas acima, o individuo com o espírito de Jezabel geralmente responde com afirmações do tipo: "Só estou tentando ajudar", "Estou apenas obedecendo a Deus" ou "Deus me disse para fazer assim". E lamentável, pois essas respostas procedem de um falso senso da vontade de Deus. Tais respostas se tornam uma espécie de trunfo, pois a afirmação de que Deus ordenou certa ação encerra qualquer debate. Essa lógica do tipo "beco sem saída" não pode ter per­missão de se instalar na discussão. A batalha não é na esfera da razão, onde se combate lógica com lógica. E na esfera espiritual, onde Deus separa alma e espírito.


Irracionais e insubmissos 
Considerando a si próprios como espiritualmente superiores, os indivíduos com o espírito de Jezabel muitas vezes acreditam que Deus lhes deu uma aura de proteção, imunizando-os contra qualquer espírito enganador. Lamentavelmente, podem achar que a maturidade espiritual os torna imunes ao pecado e ao engano.
Acreditando que foram altamente favorecidos e escolhidos para uma elevada posição espiritual, esses indivíduos concluem que possuem uma força divina secreta. Assim, seu apoio emocional procede de dentro, de sua experiência subjetiva, e não de Deus e da Palavra.

Apelando aos outros
 Há caminho que ao homem parece direito,mas ao cabo dá em caminhos de morte. Provérbios 14.12 
Dando a impressão de ter profunda compreensão das questões da igreja, o espírito de Jezabel, geralmente, não compartilha as opiniões primeiro com o pastor, de acordo com o padrão bíblico. Pelo contrário, compartilha suas opiniões sobre a igreja com outras pessoas, construindo uma base de apoio. Claramente está atitude não tem fundamento bíblico. O padrão bíblico ensina que o profeta não ia primeiro ao povo, mas ao rei! Era o rei que tinha a responsabilidade diante de Deus de falar ao povo e liderar. O profeta sempre ia diretamente ao rei - não ao povo -, e Deus abria a porta de acesso à realeza.
Um espírito de rebelião leva o indivíduo a compartilhar suas opiniões sobre a igreja com outros membros. Talvez suas revelações procedam de uma palavra genuína de conhecimento ou de sabedoria. No entanto, quando o indivíduo ultrapassa seus limites, a revelação se mescla com sua natureza humana - mente, vontade e emoções - e se corrompe.
Pastores precisam atentar para as pequenas raposas que querem destruir a vinha em suas igrejas.

Semelhantemente, um indivíduo com o espírito de Jezabel tira proveito da falta de memória do pastor. Como ele não se lembra do que foi dito palavra por palavra, Jezabel torce as palavras, ou dá um "novo" significado às suas profecias antigas. Assim, faz com que todas as suas predições sejam totalmente precisas. Tal indivíduo não tem intenção de prestar contas de seus atos. Por isso, tende a ser evasivo e abrasivo para com a verdade e menopreza qualquer exigência de veracidade e compromisso. Raramente ele admite um erro. No entanto, pode ceder algumas vezes, apenas para sobreviver e vencer em outra ocasião.

Vida familiar desordenada

Muitas vezes, o marido de uma mulher que opera sob o espírito de Jezabel não será capaz de se levantar como sacerdote do lar porque este espírito destrói esse sacerdócio, assim tomo Jezabel destruiu o sacerdócio de Yahweh e emasculou o rei Acabe.
0 esposo, com freqüência, se torna indolente, desinteressado e desmoralizado. O marido permite que a esposa domine e o controle, mas secretamente ele a despreza e odeia por causa disso. Enquanto ela se torna mais agressiva, ele se torna mais retraído.

Movido pela raiva, o marido pode se voltar para os flertes, a pornografia, o sexo virtual, o voyeurismo, ou outras formas de aliviar sua carência afetiva e de se sentir bem c no controle.
Algumas vezes, o marido e a esposa ficam sob o espírito de Jezabel. Quando isso acontece, formam um par formidável, enquanto o espírito opera em conjunto. No entanto, como acontece com a abelha rainha, a mulher continua no controle. O marido, embora possa parecer forte, será seu escravo.

No caso do marido cristão, o espírito de Jezabel fará com que ele abandone suas responsabilidades sacerdotais dadas por Deus, como líder espiritual de sua casa. Em alguns casos, o marido pode até oferecer alguma nutrição espiritual. Pode até liderar as reuniões devocionais da família. Tais ações são permitidas por Jezabel a fim de que os outros — ou mesmo o próprio marido sejam incapazes de reconhecer seu controle sutil. Na verdade, porém, ela continua a manter a verdadeira autoridade no lar. Consciente do ensino bíblico sobre a ordem divina do casamento, ela pode decidir não demonstrar abertamente seu poder, quando recebe a visita dos amigos. No entanto, seu controle será reforçado quando estiver a sós com o marido.
Uma mulher com o espírito de Jezabel mantém, muitas vezes, o controle sobre o marido por meio do leito conjugai. Ela recompensa a obediência dele com gratificação sexual. Quando ele se rebela, ela suspende a intimidade sexual.

Castrando o marido 
O espírito de Jezabel levará a mulher a criticar e depreciar seu marido, dizendo que ele não é muito espiritual, não é ousado, não ganha muito dinheiro, ou está atrapalhando o ministério dela. Ela pode aplicar uma pressão sutil sobre ele, simplesmente suspirando e comentando como seria bom ter isso ou aquilo, sabendo que ele não pode comprar. Pode também insinuar que, se ele realmente a amasse, trabalharia mais para suprir suas necessidades e satisfazer seus desejos. Tal manipulação coloca uma tremenda pressão sobre o homem e aumenta seu ressen­timento. Também pode levá-lo aos braços de outra mulher que seja mais sensível às suas necessidades.

                              
Implicações para as filhas 
As meninas criadas por mães dominadoras podem manifestar comportamento masculino ou agressividade excessiva. Tor­nando-se como a mãe, elas reprimem a verdadeira feminilidade, considerando-a como um empecilho. Algumas têm sementes de rebelião, manipulação ou controle plantadas em seus corações pela mãe dominadora e, por sua vez, passam a operar sob o espírito de Jezabel. Incapazes de enxergar a verdadeira causa da dor, algumas aderem aos movimentos de emancipação feminina ou movimentos de bruxaria como WICCA. Lamentavelmente, mesmo que uma jovem sonhe encontrar um homem que preencha o vazio deixado por seu pai, pode descobrir que tem dificuldade de confiar nos homens e também em Deus como Pai.

Implicações para os filhos 
Sempre que os pais deixam de cumprir seus papéis legítimos no casamento, os filhos podem ficar confusos sobre a própria masculinidade. Alguns podem se tornar sexualmente agressivos e tentar dominar as mulheres à força. Os jovens também podem responder à intimidação da mãe tornando-se tiranos e buscando dominar sua esposa e filhos. A opressão masculina sobre a mulher muitas vezes é motivada pelo ressentimento contra a figura dominadora da mãe.
Alguns jovens, movidos pelo ressentimento contra mulheres, podem reagir afastando-se delas. Podem reagir à necessidade não suprida da afeição e autoridade paternas, sendo atraídos para pessoas do mesmo sexo, principalmente ao erotizar o vazio masculino em sua vida.

1.     Raiz de rebelião
Achando que tinha razão ao questionar a autoridade de Moisés, Core exaltou sua própria vontade acima de tudo. Semelhantemente, o espírito de Jezabel acredita que tem o direi­to de questionar a autoridade do pastor e tenta iniciar uma re­volta. Desde que toda autoridade é instituída por Deus, revolta contra os líderes é rebelião - iniqüidade - contra o próprio Deus (falaremos mais sobre o espírito de iniqüidade no capítulo nove).
A rebelião faz parte da essência daqueles que operam sob o espírito de Jezabel. Achando que estão ouvindo a voz de Deus, eles exaltam a própria vontade acima da vontade divina ou sobre a autoridade que Deus instituiu sobre eles (Hb 13). Sempre que nossa vontade é governada pelos nossos desejos, adoramos nos­sos interesses pessoais, e não Deus. Em essência, tornamo-nos nossos próprios ídolos.
Deus equipara a rebelião à feitiçaria, que consiste em poder adquirido com a assistência de espíritos malignos (1 Sm 15.23). Faz pouca diferença se o indivíduo tem ou não consciência de que está sendo influenciado por espíritos malignos.
Na Escritura, Jezabel foi acusada de feitiçaria (2 Rs 9.22a). Portanto, não surpreende que o espírito de Jezabel opere por meio da feitiçaria, mesmo nos estágios iniciais de seu domínio sobre a vida de alguém.

Impondo-se sobre outros 

O espírito de feitiçaria impõe sua vontade por meio de manipulação. Ele destrói o senso de valor pessoal do indivíduo  e menospreza sua capacidade de tomar decisões, estabelecendo sua própria autoridade "elevada" à custa da soberania de sua vítima. Pode envolver uma expressão de autoridade ilegítima que foi usurpada. Também pode envolver uma expressão injusta de autoridade legítima.


Coisas feitas em segredo 
Na Escritura, a palavra usada com maior freqüência para feitiçaria é o termo hebraico anan, que significa cobrir ou agir de forma encoberta. É exatamente isso que o espírito de Jezabel faz.
Embora o indivíduo possa não ser um praticante de feitiçaria, ou um espírito de Jezabel plenamente desenvolvido que busca destruir a congregação ou o pastor, pode ter um espírito de feitiçaria. Um indivíduo pode ser cristão e agir sob um espírito de feitiçaria sem ao menos perceber. Esse espírito tem estado hibernando há muito tempo dentro do Corpo de Cristo e, lamen­tavelmente, opera por intermédio de alguns vasos escolhidos do Senhor. Mesmo intercessores e profetas maduros podem de vez em quando operar sob a influência desse espírito maligno, bastando que haja portas abertas de antigas feridas. A evidência de feridas não curadas é se o indivíduo fica constantemente se debatendo com sentimentos de rejeição, de desvalorização, ou se sente ignorado. Ou, então, se luta constantemente contra a amargura, o espírito crítico e a ira.


Comportamento egocêntrico
Como Lisa, um cristão influenciado pelo espírito de Jezabel pode não ter intenção de destruir a igreja. No entanto, indivíduos operando em níveis variados de rebelião e de feitiçaria já destruíram muitas igrejas. Assim, a feitiçaria pode operar por intermédio de um indivíduo que tenta assumir o controle. O controle e a manipulação são fortalecidos depois de cada empreendimento bem-sucedido. Cheia de autopiedade e orgu­lho, a alma do indivíduo corre o risco de ser plenamente domi­nada por demônios. Esse tipo de feitiçaria pode ser exercido sem que haja envolvimento com ocultismo, mesmo por parte de cris­tãos que professam Jesus como Senhor. Uma pessoa que opera numa forma mais avançada de feitiçaria está determinada a impor sua vontade, não importa qual seja o custo moral. No caso de Jezabel, o controle e a manipulação apelaram para o assassinato.

2.     Raiz de amargura 
Atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados. Hebreus 12.15 A rebelião, em todas as suas formas, tem várias raízes; uma delas é a amargura. A amargura abre a porta pela qual o espírito de Jezabel se esgueira para dentro da alma da pessoa, sem ser detectado. Muitas vezes, a amargura se instala em nossa vida quando sentimos que estamos sendo privados de reconhecimento ou honra. A autopiedade se desenvolve, e o indivíduo, consciente ou não, começa a buscar formas de conseguir atenção e poder mostrar o dom que acha que tem.
A amargura se instala na alma humana, pois é uma fortaleza ligada ao egoísmo e ao orgulho. Ela pode ser dirigida contra Deus ou contra aqueles que Ele instituiu como autoridade. Desde que, com freqüência, trata-se de uma reação a uma suposta injustiça ou exercício injusto de autoridade, ela faz com que o indivíduo reaja contra toda autoridade, seja esta justa ou injusta. A amargura provoca desesperança. Entretanto, visto que ela está ligada ao orgulho, essa desesperança induz a pessoa a conceber esquemas que promovam seus dons.
Amargura é pecado. Ela prejudica profundamente a pessoa e leva à iniqüidade. Como acontece com todo pecado, o indiví­duo deve reconhecer a amargura, se arrepender e ser curado mediante a graça de Deus.

Fruto ácido
A raiz de amargura produz frutos variados. Pode gerar imoralidade (Hb 12.14-16), ira profunda e duradoura e ressentimento, ou um padrão de relacionamentos rompidos. Além disso, a raiz de amargura é contagiosa. Um espírito amargurado infectará o espírito de muitas pessoas.
A cruz é a cura para a raiz de amargura. Somente Jesus, como o Grande Médico, pode nos libertar desse tormento demo­níaco. Sua unção pode nos tirar dos nossos caminhos de rebelião. Assim, um coração amargo e rebelde pode ser transformado num coração grato e obediente, mediante o toque da graça de Deus. Depois desse livramento, a pessoa decide submeter-se às autoridades instituídas por Deus. Submissão é uma decisão que o indivíduo deve tomar - não um sentimento. A prática contínua da submissão produz mansidão. Lembre-se: Jesus disse que os mansos herdarão a Terra (Mt 5.5).


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

PAPO TEOLÓGICO 5: O DEUS QUE AGE NA COMUNIDADE

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“Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles".
Mateus 18:20


Este texto, nos remete a algo muito importante: a vida em comunidade.

Aliás, está é a tônica do Evangelho: a reconciliação, o encontro, o relacionamento e a vida comunal.

A Igreja somos nós, mas não na individualidade.

Jesus, em seus ensinamentos reforça esta ideia, quando fala  da importância do amor ao próximo.

Próximo não é apenas àquele que está perto, mas todos os nossos semelhantes.
Não se refere simplesmente a uma proximidade afetiva, pois o próximo pode ser um desconhecido, como na Parábola do Bom Samaritano.

Próximo fala de continuidade, pois precisamos amar e ajudar o “próximo da fila”, e o  próximo, e o próximo...

Em sua oração sacerdotal (João 17), Jesus declara a sua unidade com o Pai e roga para que os discípulos vivam a mesma realidade, mostrando que a unidade não é apenas algo esperado, mas deve ser o estilo de vida da Igreja.

Jesus, em muitas situações, destacou a importância de agirmos em conjunto:

- Ele disse: “Dai-lhe vós  de comer” antes de multiplicar os Pães e peixes;

- Enviou setenta discípulos para evangelizar de 2 em 2;

- Ordenou para que ficassem juntos, aguardando o derramamento do Espírito Santo.

Quando Jesus morreu, os discípulos ficaram abatidos e desanimados, mas não sucumbiram, sabe porquê?

-Eles estavam juntos!

Nenhuma obra legítima e grande, no sentido pleno da palavra, resulta apenas do trabalho de uma pessoa.

O próprio Deus declarou em Gênesis: “não é bom que o homem esteja só”.

Somos resultado dos nossos encontros, alianças e relacionamentos.

Todo contato com o outro gera mudanças, e isto pode ser positivo ou negativo, depende do que cada um carrega no coração:

"O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração". Lucas 6:45




sábado, 9 de agosto de 2014

A VERDADEIRA IGREJA


Creio que este título pode gerar reações e expectativas diferentes: alguns podem achar muita pretensão de alguém determinar a Verdadeira Igreja, e outros se encherão de expectativas e curiosidade.

Vivemos em um mundo pluralista e este pluralismo também se manifesta no contexto religioso, onde um número cada vez maior de denominações aparecem.
Segundo pesquisas, a cada 2 horas uma nova igreja evangélica é registrada no Brasil, totalizando 12 por dia e 4.380 novas igrejas por ano. É claro que muitas destas igrejas são da mesma denominação, porém, muitas delas são novas nomenclaturas, veja alguns nomes:


IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS ADVENTISTA ROMARIA DO POVO DE DEUS
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS BOTAS DE FOGO ARDENTES E CHAMUSCANTES
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS CAPRICHOSOS NA OBRA DE DEUS
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS DA BEIRA DA ESTRADA DE TRIBOBÓ
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS DO PAI DO FILHO DO ESPÍRITO SANTO
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS DO PAPAGAIO SANTO QUE ORA A BÍBLIA
IGREJA BAILARINAS DA VALSA DIVINA
IGREJA BAMBOLÊS SAGRADOS
IGREJA BATE PALMAS 40 DIAS
IGREJA BATISTA A PAZ DO SENHOR
IGREJA BATISTA A PAZ DO SENHOR (ANTI GLOBO)
IGREJA BATISTA AS ANDORINHAS DE CRISTO
IGREJA BATISTA HORTO DE FÉ
IGREJA BATISTA INCÊNDIO DE BÊNÇÃO
IGREJA BATISTA LOGARÍTMICA DO REINO DE DEUS
IGREJA BATISTA NERO SE ARREPENDEU, E VOCÊ?!
IGREJA BATISTA OH GLÓRIA!
IGREJA BATISTA PALMA DA MÃO DE CRISTO
IGREJA BATISTA PARE DE RESISTIR A BÊNÇÃO DE DEUS
IGREJA BATISTA PENTECOSTAL A COBRA DE MOISÉS QUE ENGOLIU AS OUTRAS MÁS E FRACAS (ESSA IGREJA CHOVE MILAGRES!)
IGREJA BATISTA PONTE PARA O CÉU
IGREJA BATISTA PRONTO-SOCORRO DAS ALMAS
IGREJA BATISTA TIÇALEAH
IGREJA BATISTA TOO MUCH
IGREJA CASTELBLANKO DA VIDIGUEIRA
IGREJA CLÍNICA DA ALMA
IGREJA COMUNIDADE EVANGÉLICA SHALON ADONAI CRISTO
IGREJA CONGREGAÇÃO PASSO PARA O FUTURO
IGREJA CONGREGACIONAL BOCA DO PEIXE
IGREJA CONGREGACIONAL DE AGRONOMIA DA SALVAÇÃO
IGREJA CONGREGACIONAL EXIGIMOS A GRAÇA DE DEUS
IGREJA CONGREGACIONAL EXPLOSÃO DA FÉ
IGREJA CONGREGACIONAL MANÁ CAÍDO DO CÉU
IGREJA CONTATO DIRETO DE VIGÉSIMO GRAU COM MILAGRES
IGREJA CORAÇÃO RECICLADO
IGREJA CÓSMICA DO PODER PLENO E MISTERIOSO
IGREJA C.R.B. (CORTINA REPLETA DE BÊNÇÃO)
IGREJA CRISTÃ DE TERAPIA CONTRA O ENCOSTO
IGREJA CRISTÃ DO NOVO AMANHÃ
IGREJA CRISTÃ EVANGÉLICA ESPÍRITA NACIONAL
IGREJA CRISTÃ PRESBÍTERO-SANTENSE
IGREJA CRISTO E POVO DO RIO
IGREJA CRISTO É SHOW
IGREJA CRUZADA EVANGÉLICA COM PASTOR WALDEVINO COELHO, A SUMIDADE
IGREJA CRUZADA EVANGÉLICA DO MINISTÉRIO DE JEOVÁ E DEUS DO FOGO
IGREJA CRUZADA EVANGÉLICA DO MINISTÉRIO DE JEOVÁ E DEUS É FIEL
IGREJA DA BÊNÇÃO MUNDIAL PEGANDO FOGO DO PODER
IGREJA DA BOA SORTE
IGREJA DA DEVOÇÃO DO SANTUÁRIO DE DEUS
IGREJA DA POMBA BRANCA
IGREJA DA REVELAÇÃO RÁPIDA
IGREJA DA VITÓRIA DO POVO CARIOCA
IGREJA DEKANTAHLAHBASSYÍ
IGREJA DE DEUS DA PROFECIA NO BRASIL AMÉRICA DO SUL
IGREJA DEVOTOS DE CRISTO AO EXTREMO
IGREJA DIVISÃO DO MAR E MOISÉS
IGREJA DO AMOR MAIOR QUE OUTRA FORÇA
IGREJA DO PASTOR SASSÁ
IGREJA DO RIO QUE CORRE TORTO
IGREJA DOS ANJOS E SUAS TROMBETAS ESTRIDENTES
IGREJA DOS BONS ARTIFÍCIOS
IGREJA DOS CHINESES EM FÉ
IGREJA DOS HABITANTES DE DABIR
IGREJA ESTE BRASIL É ADVENTISTA
IGREJA E.T.Q.B. (EU TAMBÉM QUERO A BENÇÃO)
IGREJA EVANGÉLICA A HISTÓRIA DOS CRISTÃOS
IGREJA EVANGÉLICA A MAIOR
IGREJA EVANGÉLICA ADÃO É O HOMEM
IGREJA EVANGÉLICA BATALHA DOS DEUSES
IGREJA EVANGÉLICA BATISTA BARRANCO SAGRADO
IGREJA EVANGÉLICA BRASILEIRA DA BOA INTENÇÃO


É impossível não rir ao ler esta lista...

O que mais me inquieta não são a infinidade de nomes, mas a filosofia que impera em nossos arraiás evangélicos onde a denominação e o lugar de culto é algo considerado por muitos como: hiper, super e mega sagrado. Esvaziando o conceito Cristão e neotestamentário (me desculpe se soar redundante) sobre a verdadeira natureza da Igreja.
Na conversa entre Jesus e a mulher samaritana, esta última trás a baila a questão da adoração como algo geográfico:

- "Disse a mulher: “Senhor, vejo que é profeta. Nossos antepassados adoraram neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o lugar onde se deve adorar”. Jesus declarou: “Creia em mim, mulher: está próxima a hora em que vocês não adorarão o Pai nem neste monte, nem em Jerusalém. Vocês, samaritanos, adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus. No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura." (João 4:19-23 NVI)

Jesus deixa muito claro, que a verdadeira adoração não tem a ver com o lugar e sim com um relacionamento pessoal e sincero para com Deus. Ou seja, o lugar que Deus procura é um coração devoto e sincero!
Talvez você esteja preocupado com esta afirmação, pensando ser ela um incentivo para uma vida isolada da coletividade do corpo, porém, não é isto que está em questão.
Quero chamar a sua atenção para uma coisa: santo não é o lugar e sim o coração devoto a Deus.
Por isto Jesus disse:

- "Alguns fariseus perguntaram a Jesus quando ia chegar o Reino de Deus. Ele respondeu: — Quando o Reino de Deus chegar, não será uma coisa que se possa ver. Ninguém vai dizer: “Vejam! Está aqui” ou “Está ali”. Porque o Reino de Deus está dentro de vocês."(Lucas 17:20-21 NTLH)

Não é o lugar que santifica as pessoas, tampouco determina a presença e a manifestação de Jesus e do Espírito Santo.
- "Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles”. (Mateus 18:20 NVI)

Jesus se manifesta onde Ele é o centro da reunião!


Não estou com isto diminuindo e nem tirando o valor e a legitimidade do lugar em que nós nos reunimos, pelo contrário, estou refutando a idéia de divinização do lugar de culto, onde se crê que o simples  fato de ir à igreja é suficiente para que eu receba o favor de Deus e garanta a minha salvação, desviando-se da idéia Bíblica da comunhão e da responsabilidade pessoal de cada Cristão. Gerando pessoas descompromissadas e supersticiosas.

"Tenho que ir à igreja" - dizem alguns - "porque o negócio está feio para o meu lado".

Esta declaração revela o entendimento equivocado de alguns, onde se pensa que a simples ida a "igreja" vai resultar em aceitação e mérito diante de Deus. Esta visão de que o Lugar é Sagrado, nada tem a ver com o Evangelho.

Jesus lidou com esta idéia de SUPERVALORIZAÇÃO do templo, veja:
- "Alguns dos seus discípulos estavam comentando como o templo era adornado com lindas pedras e dádivas dedicadas a Deus. Mas Jesus disse: “Disso que vocês estão vendo, dias virão em que não ficará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas”." (Lucas 21:5-6 NVI)

Jesus ensinou que o templo terrestre tem uma duração, pois é uma simples construção humana, mas a casa que Ele escolheu para habitar - o homem - é eterna!

"Sabemos que, se for destruída a temporária habitação terrena em que vivemos, temos da parte de Deus um edifício, uma casa eterna nos céus, não construída por mãos humanas." (2 Coríntios 5:1 NVI)

É muito mais confortável atribuir um valor sobrenatural ao lugar de culto, pois nos isenta da responsabilidade de vivermos com "sal da terra e luz do mundo" e de desenvolvermos um relacionamento de comunhão constante com Deus e com o Espírito Santo.

Quando entendemos que nós somos a Casa que Deus escolheu para habitar,  nos preocupamos mais em mantê-la limpa e adornada para o Espírito Santo:

- "Ou vocês acham que é sem razão que a Escritura diz que o Espírito que ele fez habitar em nós tem fortes ciúmes?" (Tiago 4:5 NVI)

- "Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de vocês mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo." (1 Coríntios 6:19-20 NVI)


Portanto, a verdadeira Igreja é o Corpo de Cristo, formado de homens e mulheres que nasceram de novo e vivem em comunhão com Deus.

Que a nossa ida à Casa de Oração, seja feita com um coração grato a Deus e anelante por sua presença e ainda, com as mãos prontas para servir e não apenas para receber os favores do Senhor.

A verdadeira Igreja não é um lugar, mas um povo que ama a Deus, não se concentra em um bairro ou região, mas está espelhada em toda a terra, até mesmo em lugares não identificados no mapa.

FINALIZO, estimulando você a não deixar de estar em sua congregação, pois ali você estará servindo ao Senhor junto dos seus irmãos e cumprindo o propósito de alcançar o mundo para Cristo gerando filhos para Deus. Porém, faça isto consciente de que o prédio não vai lhe dar o que só Jesus pode dar e que a sua ida é primeiramente para dar e depois para receber. Pois "mais bem aventurada coisa é dar do que receber." Descartando a falsa idéia de que a sua denominação é a melhor e de que o Senhor só se manifesta no templo que você frequenta. Pois Ele não muda lugares e sim pessoas, que por sua vez cheias da sua presença, mudam o lugar onde estão.

Não vá simplesmente a igreja! Seja A Igreja!

Soli Deo Glória!

Pastor do Projeto Vida Nova do Méier. Diretor do Seminário Vida Nova e Presidente da Diretoria do Conselho de Pastores do Projeto Vida Nova (CONAVIN). - Bacharel em Teologia; - Mestrado em Teologia com ênfase em Ministérios Globais; - Graduação em Marketing; - licenciatura em Filosofia; - Graduação nacional em Liderança Avançada do Instituto Haggai; - Formado no curso de Desenvolvimento de Equipes no Instituto Legislativo Brasileiro; - Curso de Administração de Materiais na Fundação Getúlio Vargas; - MBA em Gestão Estratégica de pessoas (cursando).


terça-feira, 14 de agosto de 2012

ESFORÇA-TE PARA GANHAR ALMAS


A parábola da grande ceia - Mt 22.1-14

15E , ouvindo isso um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-aventurado o que comer pão no Reino de Deus! 16Porém ele lhe disse: Um certo homem fez uma grande ceia e convidou a muitos. 17E, à hora da ceia, mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, que já tudo está preparado. 18E todos à uma começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um campo e preciso ir vê-lo; rogo-te que me hajas por escusado. 19E outro disse: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-los; rogo-te que me hajas por escusado. 20E outro disse: Casei e, portanto, não posso ir. 21E, voltando aquele servo, anunciou essas coisas ao seu senhor. Então, o pai de família, indignado, disse ao seu servo: Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade e traze aqui os pobres, e os aleijados, e os mancos, e os cegos. 22E disse o servo: Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar. 23E disse o senhor ao servo: Sai pelos caminhos e atalhos e força-os a entrar, para que a minha casa se encha. 24Porque eu vos digo que nenhum daqueles varões que foram convidados provará a minha ceia"


A Parábola da grande ceia, revela muitos detalhes a respeito da evangelização, do ganhar vidas.
O homem que dá a festa, representa o próprio Deus, que preparou um banquete para as pessoas.
Etse banquete simboliza a salvação (libertação, paz, justiça, alegria etc).
Muitos não quiseram ir, pois estavam presos a diversas coisas, as quais ocupavam o primeiro lugar em suas vidas.
Quando o servo volta sem ninguém, o Senhor manda ele ir depressa às ruas e bairros da cidade.
Note que a ordem é carregada de urgência, pois Deus tem pressa!
Ele tem pressa de salvar as pessoas que estão caminhando para o abismo.
 Ele tem pressa de tirar pessoas das drogas, dos vícios e do pecado, colocando-os à sua mesa, para que comam das delícias do seu Reino: A paz, a justiça e a alegria do Espírito Santo (“porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. Romanos 14:7).

O servo obedece, mas ainda sobram lugares. Aí vem uma nova ordem: saí pelos caminhos e atalhos, ou seja, vá onde ainda não foi. É preciso semear em toda a terra.

A ordem é acompanhada de uma orientação: força-os a entrar. Não podemos desistir, temos que perseverar. Forçar, significa insistir. E Ele declara algo mais: para que a minha casa se encha. Deus quer ver a sua casa cheia!
Vamos orar e trabalhar para que isso aconteça.

Que o Senhor te abençoe tremendamente!





Pastor do Projeto Vida Nova do Méier. Diretor do Seminário Vida Nova e Presidente da Diretoria do Conselho de Pastores do Projeto Vida Nova (CONAVIN). - Bacharel em Teologia; - Mestrado em Teologia com ênfase em Ministérios Globais; - Graduação em Marketing; - licenciatura em Filosofia; - Graduação nacional em Liderança Avançada do Instituto Haggai; - Formado no curso de Desenvolvimento de Equipes no Instituto Legislativo Brasileiro; - Curso de Administração de Materiais na Fundação Getúlio Vargas; - MBA em Gestão Estratégica de pessoas (cursando).

terça-feira, 7 de agosto de 2012

VOCÊ VAI OU NÃO VAI?


“Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem. Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro;” Mateus 24:38-40


Se levássemos este texto ao pé da letra, poderíamos afirmar que 50% das pessoas não se salvariam.  Porém, sabemos que Jesus não tinha a intenção de estabelecer um percentual, e sim nos advertir sobre algo muito importante: nem todos serão arrebatados no dia da sua vinda. Pessoas que trabalham em uma mesma empresa, que estudam em uma mesma escola e que freqüentam a mesma igreja, terão um destino diferente.
Jesus faz um paralelo da sua vinda com o dilúvio, destacando que, nos dias que antecederam ao dilúvio as pessoas estavam tão ocupadas e distraídas que não perceberam quando Noé entrou na arca. Esta atitude mostrou total falta de importância ao plano que Deus elaborou para a salvação dos seres vivos.

Resumindo: a atitude dos homens era de um apego tão exagerado as coisas da vida que não atentaram para o que Deus estava fazendo.

Jesus declara, que este fato se repetirá em sua vinda, dando a entender que, as pessoas estariam completamente distraídas e envolvidas em seus projetos e desejos, que não dariam importância para o Evangelho e não entrariam na arca, isto é, não receberiam a salvação concedida por Ele.

Existem muitas coisas no mundo para nos distrair e nos envolver, porém, não podemos nos envolver por elas e perder Jesus de vista, ou seja, viver uma vida distante dEle.

Há na Bíblia, inúmeros textos que nos advertem quanto a isto, veja:


  • “Assim nós temos essa grande multidão de testemunhas ao nosso redor. Portanto, deixemos de lado tudo o que nos atrapalha e o pecado que se agarra firmemente em nós e continuemos a correr, sem desanimar, a corrida marcada para nós. Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa. Ele não deixou que a cruz fizesse com que ele desistisse. Pelo contrário, por causa da alegria que lhe foi prometida, ele não se importou com a humilhação de morrer na cruz e agora está sentado do lado direito do trono de Deus.” Hebreus 12:1-2 NTLH – o grifo é meu


  • “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima.” Lucas 21:28


Existem coisas que nem são consideradas pecado, porém, podem estar nos distraindo e servindo de embaraço para que vivamos plenamente em comunhão com o Senhor e nos impedindo de fazer a sua obra. 


Não permita que nada tome o lugar de Deus na sua vida!

Precisamos atentar para a nossa escala de valores e não deixar em último plano àquilo que é mais importante: Deus.

“Isto, porém, vos digo, irmãos: o tempo se abrevia; o que resta é que não só os casados sejam como se o não fossem; mas também os que choram, como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se alegrassem; e os que compram, como se nada possuíssem; e os que se utilizam do mundo, como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa.” 1 Coríntios 7:29-31 O grifo é meu


Aprendemos com este texto Bíblico que não podemos ficar absorvidos e influenciados pelas coisas deste mundo e nos esquecer de Deus. O texto vai ainda mais longe: “a aparência deste mundo passa”, ou seja, nada neste mundo é para sempre, é temporal e um dia passará. Mas as coisas que Deus preparou para nós são eternas!

Não troca o eterno pelo passageiro, nem o duradouro pelo fugaz!

Que Deus seja o elemento principal e a presença indispensável em cada área de sua vida e em todos os seus relacionamentos.

Quando Moisés entrou na arca, o Senhor a fechou por fora...

Um dia a porta da graça também se fechará.

E então: você vai ou não vai? 




Pr. Isaias de Oliveira Silva


Pastor do Projeto Vida Nova do Méier. Diretor do Seminário Vida Nova e Presidente da Diretoria do Conselho de Pastores do Projeto Vida Nova (CONAVIN). - Bacharel em Teologia; - Mestrado em Teologia com ênfase em Ministérios Globais; - Graduação em Marketing; - licenciatura em Filosofia; - Graduação nacional em Liderança Avançada do Instituto Haggai; - Formado no curso de Desenvolvimento de Equipes no Instituto Legislativo Brasileiro; - Curso de Administração de Materiais na Fundação Getúlio Vargas.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Uma Igreja unida no mesmo propósito



A unidade e a batalha espiritual


Tem sido muito gratificante e edificante ministrar e orar com a igreja, sobre sua identidade e  unidade.

Nesta manhã, o Pai nos deu uma Palavra para ministramos em nossa oração das 5h30, que foi muito edificante. Tomamos como base, o texto Bíblico abaixo:

“Para terminar: tornem-se cada vez mais fortes, vivendo unidos com o Senhor e recebendo a força do seu grande poder. Vistam-se com toda a armadura que Deus dá a vocês, para ficarem firmes contra as armadilhas do Diabo. Pois nós não estamos lutando contra seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e os poderes que dominam completamente este mundo de escuridão. Por isso peguem agora a armadura que Deus lhes dá. Assim, quando chegar o dia de enfrentarem as forças do mal, vocês poderão resistir aos ataques do inimigo e, depois de lutarem até o fim, vocês continuarão firmes, sem recuar. Portanto, estejam preparados. Usem a verdade como cinturão. Vistam-se com a couraça da justiça e calcem, como sapatos, a prontidão para anunciar a boa notícia de paz. E levem sempre a fé como escudo, para poderem se proteger de todos os dardos de fogo do Maligno. Recebam a salvação como capacete e a palavra de Deus como a espada que o Espírito Santo lhes dá. Façam tudo isso orando a Deus e pedindo a ajuda dele. Orem sempre, guiados pelo Espírito de Deus. Fiquem alertas. Não desanimem e orem sempre por todo o povo de Deus. E orem também por mim, a fim de que Deus me dê a mensagem certa para que, quando eu falar, fale com coragem e torne conhecido o segredo do evangelho. Eu sou embaixador a serviço desse evangelho, embora esteja agora na cadeia. Portanto, orem para que eu seja corajoso e anuncie o evangelho como devo anunciar.” Ef. 6:10-20

Aprendemos neste texto algo muito importante: precisamos estar unidos no mesmo propósito.
E que propósito é este?
- O estabelecimento do Reino de Deus, e para tanto, devemos batalhar contra as forças do mal e alcançar vidas para o Senhor.

O texto deixa bem claro que os membros da Igreja não viviam como “clientes”, a espera de um produto adequado às suas preferências, como: música, Palavra, duração da reunião etc.

Infelizmente, muitos hoje adotam uma postura, de apenas se servirem da igreja. Olham para ela como uma prestadora de serviços, por isso, não se incluem. Esta realidade pode ser comprovada através da falta de comprometimento de muitos, o que se torna claramente visível em frases como: “a igreja não liga para mim”; “a igreja não acolhe”;“nesta igreja não tem amor”; “estava doente e a igreja não me visitou”.

Embora a igreja deva atentar para estas coisas, tais pessoas se excluem, esquecendo-se que quando falam da igreja, estão falando delas próprias.

Quando nós só vivemos em função do nosso umbigo inventamos um monte de inimigos e fantasmas, pelejando contra  irmãos e líderes.

Paulo ensina a igreja de Éfeso, a se fortalecer do Senhor e da força do seu poder, por que há uma batalha a ser travada, e esta batalha é real.

Quando temos este discernimento, não lutamos uns contra os outros, pelo contrário, adotamos uma postura de companheirismo e amor.

Além de todas as instruções preciosas, Paulo orienta a igreja a orar por sua capacitação na pregação do Evangelho.

Para que você possa compreender plenamente esta Palavra, vamos pontuar algumas coisas:

1)      Precisamos nos fortalecer no Senhor
2)      Devemos nos despir de toda vestimenta humana e nos revestir de toda a armadura de Deus
3)      A nossa luta não é contra pessoas, mas contra as forças do inimigo
4)      A igreja precisa orar pela eficácia da pregação e para que as portas se abram para a proclamação da Palavra.

Que Deus nos use poderosamente, a fim de alcançarmos a nossa geração!


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

AMOR SEM INTERESSE





“E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus. Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falsos testemunhos; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe. Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade. E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, e vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me. Mas ele, contrariado com essa palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.” Mc 10:17- 22 (o grifo é nosso)



Falar sobre amor não é tão simples quanto parece. Desde a antiguidade, filósofos, pensadores, poetas e até cientistas, se ocuparam em tentar descrever o verdadeiro sentido do amor.

Os filósofos da Grécia antiga, não encontraram uma palavra que pudesse definir plenamente este sentimento, por isso, usavam três palavras diferentes agapao, filos e eros.

Como cristãos, a que mais usamos é ágape, palavra derivada do verbo agapao e normalmente conceituada como: o amor verdadeiro, o amor que vem de Deus e amor sem interesse.

Independente de ser este o sentido literal da palavra, sem dúvida alguma, o amor de Jesus por nós é completamente incondicional.

Em uma pesquisa sobre amor realizada em uma escola, a entrevistadora pergunta a um menino de 9 anos:
“- O que é amor? O amor é como um raio – responde o menino.Você não sabe de onde veio, mas sabe quando foi acertado por ele.”


Um cientista, após algumas pesquisas define o amor como um triângulo formado das seguintes coisas:

- Amizade
- Compromisso
- Paixão



Consideramos esta definição interessante. A amizade nos fala de companheirismo e  admiração.
O compromisso é o lado racional do triângulo, pois quem ama se compromete, e não abandona o outro na hora da dor e das dificuldades.

Quanto à paixão, embora seja considerada uma patologia emocional, entendemos ser um sentimento ardente e intenso. É um desejo exagerado pelo outro. É este exagero que inspira Heloísa Rosa a compor a linda canção: Vai valer a pena. Leiamos o refrão:

Desesperado eu Te busco
Frenético acredito
Que a visão da Tua face
É tudo o que eu preciso, eu Te direi
Que vai valer a pena
Vai valer a pena
Vai valer a pena, mesmo”

Depois de discorrermos um pouco sobre o amor, falemos sobre o amor sem interesse.

No texto Bíblico mencionado acima, lemos que Jesus sentiu amor por um moço rico que o procurara. É interessante que logo a seguir Ele declara ao rapaz: “Falta-te uma coisa”.

Jesus o amou, mesmo sabendo que faltava alguma coisa. Ele não esperou perfeição para em seguida o amar.

Temos aqui um verdadeiro exemplo de amor sem interesse.

O jovem rico, não havia expressado amor por Jesus, a única coisa que ele fez, foi elogiá-lo.

Muitos confundem interesse com amor.

Jesus sabia diferenciar as duas coisas. Quando o rapaz o elogia, Ele pergunta: “Por que me chamas bom?”, em outras palavras, por que você está me elogiando?

Quando o moço é desafiado revela o seu verdadeiro amor.

Não confunda amor com elogio ou atenção, pois você pode colocar do seu lado pessoas com motivações erradas.

Há pessoas que elogiam e dão atenção para conquistar o nosso amor. E quando permitimos, este relacionamento acaba focado em nossas necessidades. Amamos pelo que os outros nos fazem e não pelo que são.
Corremos o risco de afastar os que verdadeiramente nos amam e promover os que simplesmente nos elogiam ou que demonstram admiração.

A história já nos adverte, que a traição pode vir daqueles que nos beijam, como fez Judas e as apunhaladas daqueles a quem perdoamos e promovemos, como no caso de Brutus. É interessante que ambos se suicidaram, deixando claro que “amaram” os outros como a eles mesmos.

Devemos amar as pessoas pelo que elas são e não pelo que nos fazem.

O amor de Jesus se revelou, não na hora do elogio, mas quando ele olhou para o moço e decidiu amar.

Amamos a quem decidimos amar. Não devemos amar pelo que podemos receber, mas pelo quanto podemos dar.

O nosso amor, não pode se basear no que nos fazem.

O nosso ego, insegurança e desejo de estar em evidência podem nos levar a promover as pessoas erradas.

Que Deus nos ajude a sermos livres para amar as pessoas pelo que elas são e não pelo que nos fazem.


Solus Christus





Por: Isaias de Oliveira Silva – Pastor do Projeto Vida Nova do Méier e Diretor do Seminário Vida Nova.
Bacharel em Teologia, Mestre em Teologia, com ênfase em ministérios globais, Marketing (cursando).