sábado, 5 de novembro de 2016




TRECHOS DO LIVRO: DESMASCARANDO O ESPÍRITO DE JEZABEL

Dividir e conquistar
O primeiro movimento do espírito de Jezabel muitas vezes é assumir o controle por meio da remoção da autoridade profética. Se ele conseguir se estabelecer entre o povo, os pastores e os líderes proféticos, então começa a subverter a profecia. Uma das armas que emprega é desacreditar a autoridade profética por meio de argumentações, opiniões contrárias e fatos distorcidos. Ironicamente, a pessoa que opera sob o espírito de Jezabel terá revelações que parecerão espirituais, mesmo para os mais experientes.


Conquistar por meio da união
Para seduzir e depois conquistar o líder profético, o espírito de Jezabel busca conquistar sua simpatia. O indivíduo tentará se unir ao profeta na esfera espiritual, dizendo: "Sou parecido com você. Parece que sei o que você está pensando ou sentindo. Nos­sos espíritos estão interligados." No entanto, essas palavras se tornam uma armadilha que prendem a mente, à vontade e as emoções do profeta.
O espírito de Jezabel "fala" espiritualmente, mas sua força emana do poder da alma, e no final se torna mortal para o dom de sua vítima. Seu alvo é diluir a revelação, trazendo corrupção, profanação, desrespeito e desdém pela verdadeira profecia. Em alguns casos, essa aparente união pode se transformar em praticas sexuais.
O espírito de Jezabel busca ter intimidade com o poder. Pode empregar a fascinação e o charme de maneiras aparente­mente inócuas, até conquistar a amizade e a confiança — uma familiaridade ilegítima. Assim como os cristãos são unidos pelo Espírito Santo, o indivíduo com o espírito de Jezabel busca se unir à alma de outras pessoas, como se fosse uma união espiritual.

Vínculos que prendem 
Em geral, podemos descobrir como pessoas piedosas podem criar um relacionamento de ligação de alma com pessoas que têm o espírito de Jezabel. Tudo começa na esfera da alma. Homens e mulheres descobrem que uma necessidade emocional pode ser suprida por essa pessoa.

Para um líder do sexo feminino, essa ligação de alma geral­mente se manifesta como um desejo consumidor e magnético de estar perto da pessoa. Freqüentemente, as duas pessoas se tornam ótimas amigas, como se fossem "irmãs". A pessoa com o Espírito de Jezabel pode tentar assumir as atribuições da líder.Enquanto o relacionamento vai se aprofundando, a líder pode sentir que está sendo engolida ou sufocada por Jezabel.

Outro recurso é ensoberbecer o profeta. O espírito de Jezabel pode se apresentar como um amigo compreensivo — uma "alma gêmea" - que entende a dor de ser mal interpretado e rejeitado. Eles artificializam calor humano, o que seduz o profeta, tornando-o vulnerável e disposto a confidenciar problemas pessoais. Se o profeta tem uma fraqueza ou um sentimento de rejeição, pode ficar cego pelo espírito de Jezabel, o qual explora sua debilidade a fim de conseguir autoridade. A carência do líder de ser amado pode obscurecer sua capacidade de discernir o engano do qual está sendo alvo.O profeta deve confrontar as tentativas desse espírito de envaidecer e seduzir, seja esta sedução física ou emocional. Quando é desafiado, em geral esse espírito maligno finge uma humildade momentânea. No entanto, no final ele redobra sua força e se levanta como uma serpente num grande ataque verbal. Tal explosão de cólera pode ser formidável. Uma vez que reconhecem o que está acontecendo, muitos líderes não reagem e fracassam em se libertar da prisão emocional. Muitas vezes, esta prisão faz com que se sintam culpados por pensarem em romper o  relacionamento.

Alguém com o espírito de Jezabel buscará conquistar a simpatia de muitas pessoas, em especial quando é confrontado. Irá alegar que está sofrendo perseguição. Pode empregar frases de efeito para desarmar os argumentos levantados contra ele. Se o pastor reagir de forma defensiva a esse discurso, somente reforçará a alegação do espírito de Jezabel de estar sendo perseguido. Se o pastor não tiver um forte relacionamento com os membros da liderança, pode se envolver e ficar preso numa alienação ilógica e irracional.

 Quando o indivíduo com o espírito de Jezabel recebe reco­nhecimento, inicialmente ele responde com falsa humildade. Esse recurso serve para prender ainda mais as pessoas e convencê-las de sua espiritualidade. No entanto, essa mansidão enganadora dura pouco. A falsa humildade é, na verdade, uma máscara para esconder as raízes profundas do orgulho e da presunção.

Chantagem emocional
 Ao se afastar (ou ameaçar fazer isso), o espírito de Jezabel em geral busca desacreditar o pastor e afirmar que ele não é mais tão espiritual quanto costumava ser. O espírito também pode alegar que se preocupa apenas com o bem-estar da congregação.

Postura defensiva
Quando confrontado com as questões citadas acima, o individuo com o espírito de Jezabel geralmente responde com afirmações do tipo: "Só estou tentando ajudar", "Estou apenas obedecendo a Deus" ou "Deus me disse para fazer assim". E lamentável, pois essas respostas procedem de um falso senso da vontade de Deus. Tais respostas se tornam uma espécie de trunfo, pois a afirmação de que Deus ordenou certa ação encerra qualquer debate. Essa lógica do tipo "beco sem saída" não pode ter per­missão de se instalar na discussão. A batalha não é na esfera da razão, onde se combate lógica com lógica. E na esfera espiritual, onde Deus separa alma e espírito.


Irracionais e insubmissos 
Considerando a si próprios como espiritualmente superiores, os indivíduos com o espírito de Jezabel muitas vezes acreditam que Deus lhes deu uma aura de proteção, imunizando-os contra qualquer espírito enganador. Lamentavelmente, podem achar que a maturidade espiritual os torna imunes ao pecado e ao engano.
Acreditando que foram altamente favorecidos e escolhidos para uma elevada posição espiritual, esses indivíduos concluem que possuem uma força divina secreta. Assim, seu apoio emocional procede de dentro, de sua experiência subjetiva, e não de Deus e da Palavra.

Apelando aos outros
 Há caminho que ao homem parece direito,mas ao cabo dá em caminhos de morte. Provérbios 14.12 
Dando a impressão de ter profunda compreensão das questões da igreja, o espírito de Jezabel, geralmente, não compartilha as opiniões primeiro com o pastor, de acordo com o padrão bíblico. Pelo contrário, compartilha suas opiniões sobre a igreja com outras pessoas, construindo uma base de apoio. Claramente está atitude não tem fundamento bíblico. O padrão bíblico ensina que o profeta não ia primeiro ao povo, mas ao rei! Era o rei que tinha a responsabilidade diante de Deus de falar ao povo e liderar. O profeta sempre ia diretamente ao rei - não ao povo -, e Deus abria a porta de acesso à realeza.
Um espírito de rebelião leva o indivíduo a compartilhar suas opiniões sobre a igreja com outros membros. Talvez suas revelações procedam de uma palavra genuína de conhecimento ou de sabedoria. No entanto, quando o indivíduo ultrapassa seus limites, a revelação se mescla com sua natureza humana - mente, vontade e emoções - e se corrompe.
Pastores precisam atentar para as pequenas raposas que querem destruir a vinha em suas igrejas.

Semelhantemente, um indivíduo com o espírito de Jezabel tira proveito da falta de memória do pastor. Como ele não se lembra do que foi dito palavra por palavra, Jezabel torce as palavras, ou dá um "novo" significado às suas profecias antigas. Assim, faz com que todas as suas predições sejam totalmente precisas. Tal indivíduo não tem intenção de prestar contas de seus atos. Por isso, tende a ser evasivo e abrasivo para com a verdade e menopreza qualquer exigência de veracidade e compromisso. Raramente ele admite um erro. No entanto, pode ceder algumas vezes, apenas para sobreviver e vencer em outra ocasião.

Vida familiar desordenada

Muitas vezes, o marido de uma mulher que opera sob o espírito de Jezabel não será capaz de se levantar como sacerdote do lar porque este espírito destrói esse sacerdócio, assim tomo Jezabel destruiu o sacerdócio de Yahweh e emasculou o rei Acabe.
0 esposo, com freqüência, se torna indolente, desinteressado e desmoralizado. O marido permite que a esposa domine e o controle, mas secretamente ele a despreza e odeia por causa disso. Enquanto ela se torna mais agressiva, ele se torna mais retraído.

Movido pela raiva, o marido pode se voltar para os flertes, a pornografia, o sexo virtual, o voyeurismo, ou outras formas de aliviar sua carência afetiva e de se sentir bem c no controle.
Algumas vezes, o marido e a esposa ficam sob o espírito de Jezabel. Quando isso acontece, formam um par formidável, enquanto o espírito opera em conjunto. No entanto, como acontece com a abelha rainha, a mulher continua no controle. O marido, embora possa parecer forte, será seu escravo.

No caso do marido cristão, o espírito de Jezabel fará com que ele abandone suas responsabilidades sacerdotais dadas por Deus, como líder espiritual de sua casa. Em alguns casos, o marido pode até oferecer alguma nutrição espiritual. Pode até liderar as reuniões devocionais da família. Tais ações são permitidas por Jezabel a fim de que os outros — ou mesmo o próprio marido sejam incapazes de reconhecer seu controle sutil. Na verdade, porém, ela continua a manter a verdadeira autoridade no lar. Consciente do ensino bíblico sobre a ordem divina do casamento, ela pode decidir não demonstrar abertamente seu poder, quando recebe a visita dos amigos. No entanto, seu controle será reforçado quando estiver a sós com o marido.
Uma mulher com o espírito de Jezabel mantém, muitas vezes, o controle sobre o marido por meio do leito conjugai. Ela recompensa a obediência dele com gratificação sexual. Quando ele se rebela, ela suspende a intimidade sexual.

Castrando o marido 
O espírito de Jezabel levará a mulher a criticar e depreciar seu marido, dizendo que ele não é muito espiritual, não é ousado, não ganha muito dinheiro, ou está atrapalhando o ministério dela. Ela pode aplicar uma pressão sutil sobre ele, simplesmente suspirando e comentando como seria bom ter isso ou aquilo, sabendo que ele não pode comprar. Pode também insinuar que, se ele realmente a amasse, trabalharia mais para suprir suas necessidades e satisfazer seus desejos. Tal manipulação coloca uma tremenda pressão sobre o homem e aumenta seu ressen­timento. Também pode levá-lo aos braços de outra mulher que seja mais sensível às suas necessidades.

                              
Implicações para as filhas 
As meninas criadas por mães dominadoras podem manifestar comportamento masculino ou agressividade excessiva. Tor­nando-se como a mãe, elas reprimem a verdadeira feminilidade, considerando-a como um empecilho. Algumas têm sementes de rebelião, manipulação ou controle plantadas em seus corações pela mãe dominadora e, por sua vez, passam a operar sob o espírito de Jezabel. Incapazes de enxergar a verdadeira causa da dor, algumas aderem aos movimentos de emancipação feminina ou movimentos de bruxaria como WICCA. Lamentavelmente, mesmo que uma jovem sonhe encontrar um homem que preencha o vazio deixado por seu pai, pode descobrir que tem dificuldade de confiar nos homens e também em Deus como Pai.

Implicações para os filhos 
Sempre que os pais deixam de cumprir seus papéis legítimos no casamento, os filhos podem ficar confusos sobre a própria masculinidade. Alguns podem se tornar sexualmente agressivos e tentar dominar as mulheres à força. Os jovens também podem responder à intimidação da mãe tornando-se tiranos e buscando dominar sua esposa e filhos. A opressão masculina sobre a mulher muitas vezes é motivada pelo ressentimento contra a figura dominadora da mãe.
Alguns jovens, movidos pelo ressentimento contra mulheres, podem reagir afastando-se delas. Podem reagir à necessidade não suprida da afeição e autoridade paternas, sendo atraídos para pessoas do mesmo sexo, principalmente ao erotizar o vazio masculino em sua vida.

1.     Raiz de rebelião
Achando que tinha razão ao questionar a autoridade de Moisés, Core exaltou sua própria vontade acima de tudo. Semelhantemente, o espírito de Jezabel acredita que tem o direi­to de questionar a autoridade do pastor e tenta iniciar uma re­volta. Desde que toda autoridade é instituída por Deus, revolta contra os líderes é rebelião - iniqüidade - contra o próprio Deus (falaremos mais sobre o espírito de iniqüidade no capítulo nove).
A rebelião faz parte da essência daqueles que operam sob o espírito de Jezabel. Achando que estão ouvindo a voz de Deus, eles exaltam a própria vontade acima da vontade divina ou sobre a autoridade que Deus instituiu sobre eles (Hb 13). Sempre que nossa vontade é governada pelos nossos desejos, adoramos nos­sos interesses pessoais, e não Deus. Em essência, tornamo-nos nossos próprios ídolos.
Deus equipara a rebelião à feitiçaria, que consiste em poder adquirido com a assistência de espíritos malignos (1 Sm 15.23). Faz pouca diferença se o indivíduo tem ou não consciência de que está sendo influenciado por espíritos malignos.
Na Escritura, Jezabel foi acusada de feitiçaria (2 Rs 9.22a). Portanto, não surpreende que o espírito de Jezabel opere por meio da feitiçaria, mesmo nos estágios iniciais de seu domínio sobre a vida de alguém.

Impondo-se sobre outros 

O espírito de feitiçaria impõe sua vontade por meio de manipulação. Ele destrói o senso de valor pessoal do indivíduo  e menospreza sua capacidade de tomar decisões, estabelecendo sua própria autoridade "elevada" à custa da soberania de sua vítima. Pode envolver uma expressão de autoridade ilegítima que foi usurpada. Também pode envolver uma expressão injusta de autoridade legítima.


Coisas feitas em segredo 
Na Escritura, a palavra usada com maior freqüência para feitiçaria é o termo hebraico anan, que significa cobrir ou agir de forma encoberta. É exatamente isso que o espírito de Jezabel faz.
Embora o indivíduo possa não ser um praticante de feitiçaria, ou um espírito de Jezabel plenamente desenvolvido que busca destruir a congregação ou o pastor, pode ter um espírito de feitiçaria. Um indivíduo pode ser cristão e agir sob um espírito de feitiçaria sem ao menos perceber. Esse espírito tem estado hibernando há muito tempo dentro do Corpo de Cristo e, lamen­tavelmente, opera por intermédio de alguns vasos escolhidos do Senhor. Mesmo intercessores e profetas maduros podem de vez em quando operar sob a influência desse espírito maligno, bastando que haja portas abertas de antigas feridas. A evidência de feridas não curadas é se o indivíduo fica constantemente se debatendo com sentimentos de rejeição, de desvalorização, ou se sente ignorado. Ou, então, se luta constantemente contra a amargura, o espírito crítico e a ira.


Comportamento egocêntrico
Como Lisa, um cristão influenciado pelo espírito de Jezabel pode não ter intenção de destruir a igreja. No entanto, indivíduos operando em níveis variados de rebelião e de feitiçaria já destruíram muitas igrejas. Assim, a feitiçaria pode operar por intermédio de um indivíduo que tenta assumir o controle. O controle e a manipulação são fortalecidos depois de cada empreendimento bem-sucedido. Cheia de autopiedade e orgu­lho, a alma do indivíduo corre o risco de ser plenamente domi­nada por demônios. Esse tipo de feitiçaria pode ser exercido sem que haja envolvimento com ocultismo, mesmo por parte de cris­tãos que professam Jesus como Senhor. Uma pessoa que opera numa forma mais avançada de feitiçaria está determinada a impor sua vontade, não importa qual seja o custo moral. No caso de Jezabel, o controle e a manipulação apelaram para o assassinato.

2.     Raiz de amargura 
Atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados. Hebreus 12.15 A rebelião, em todas as suas formas, tem várias raízes; uma delas é a amargura. A amargura abre a porta pela qual o espírito de Jezabel se esgueira para dentro da alma da pessoa, sem ser detectado. Muitas vezes, a amargura se instala em nossa vida quando sentimos que estamos sendo privados de reconhecimento ou honra. A autopiedade se desenvolve, e o indivíduo, consciente ou não, começa a buscar formas de conseguir atenção e poder mostrar o dom que acha que tem.
A amargura se instala na alma humana, pois é uma fortaleza ligada ao egoísmo e ao orgulho. Ela pode ser dirigida contra Deus ou contra aqueles que Ele instituiu como autoridade. Desde que, com freqüência, trata-se de uma reação a uma suposta injustiça ou exercício injusto de autoridade, ela faz com que o indivíduo reaja contra toda autoridade, seja esta justa ou injusta. A amargura provoca desesperança. Entretanto, visto que ela está ligada ao orgulho, essa desesperança induz a pessoa a conceber esquemas que promovam seus dons.
Amargura é pecado. Ela prejudica profundamente a pessoa e leva à iniqüidade. Como acontece com todo pecado, o indiví­duo deve reconhecer a amargura, se arrepender e ser curado mediante a graça de Deus.

Fruto ácido
A raiz de amargura produz frutos variados. Pode gerar imoralidade (Hb 12.14-16), ira profunda e duradoura e ressentimento, ou um padrão de relacionamentos rompidos. Além disso, a raiz de amargura é contagiosa. Um espírito amargurado infectará o espírito de muitas pessoas.
A cruz é a cura para a raiz de amargura. Somente Jesus, como o Grande Médico, pode nos libertar desse tormento demo­níaco. Sua unção pode nos tirar dos nossos caminhos de rebelião. Assim, um coração amargo e rebelde pode ser transformado num coração grato e obediente, mediante o toque da graça de Deus. Depois desse livramento, a pessoa decide submeter-se às autoridades instituídas por Deus. Submissão é uma decisão que o indivíduo deve tomar - não um sentimento. A prática contínua da submissão produz mansidão. Lembre-se: Jesus disse que os mansos herdarão a Terra (Mt 5.5).


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